domingo, 25 de janeiro de 2009
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Journey to the Centre of the Earth
Recentemente terminei de ler o livro ''Journey to the Centre of the Earth'' por Jules Verne e como ele me deixou instigado por um bom tempo resolvi postar aqui um pequeno texto sobre. A minha edição é a seguinte:
Esse livrinho me fez perder muitas noites de sono. Não é uma reclamação, muito pelo contrário, eu simplesmente não consegui parar de ler. Gostei muito do Verne, apesar de ter me surpreendido em termos de estrutura de narração, como ele faz as coisas se entrelaçarem e se desenrolarem em seguida, e me impressionou também a precisão de seus comentários científicos. Sempre houve um certo preconceito literário em relação a ele pelos comentários polítcos feitos em seus livros, como por ex. em ''20 mil léguas submarinas'', onde ele insulta a marinha inglesa várias vezes por meio do personagem do Captain Nemo (insultos esses ignorados em várias traduções feitas pelo mundo, o que fez o cenário intelectual negar a legitimidade de várias de suas obras). A maior surpresa quanto ao enredo, no meu ponto de vista, é a o tempo que os personagens demoram para atingir o centro da terra. Eu assisti uma adapção feita em 2008 com Brendan Fraser e esperava uma descrição mais completa dos cenários do centro do globo, quando na verdade ele descreve a viagem ''mesmo''. Digo a viagem ''mesmo'' porque a estória narrada por Verne é basicamente o caminho árduo e traiçoeiro de Hamburgo até o interior da Islândia, e depois do monte Sneffels até o centro da terra. Os cenários consagrados pelo filme ''Journey to the Center of the Earth'' de Henry Levin (1959) como a floresta de cogumelos, o oceano debaixo da terra e as criaturas pré-históricas constituem uma parte ínfima do enredo, no entanto, Verne diverte com classe todos os tipos de curiosos com informações sobre pressão atmosférica e fenômenos acústicos cientificamente corretas.
Pesquisando mais sobre o assunto vim a descobrir que Verne nada mais fez que passar para a estrutura narrativa teorias científicas malucas populares por algum tempo sobre a Terra oca. Isso mesmo, alguns cientistas acreditaram e tentaram todo o tipo de experimento maluco para provar que o planeta terra era na verdade oco. Os dois intelectuais mais conhecidos (e mais malucos também hehe) que acreditavam nessa hipótese foram Edmund Halley (o do cometa) e Leonhard Euler. Apesar de acreditarem na mesma teoria, pensavam de forma diferente. Halley acreditava que a terra era composta de vários núcleos internos, como bonecas russas, e que, assim como Deus povoou a última superfície ele teria também povoado os núcleos internos. Euler por sua vez acreditava que a terra era completamente oca, contando com um núcleo único central, e que para se chegar no interior da terra bastava procurar as entradas dos pólos (isso mesmo, pólos abertos):
Meio (muito) doido mas é uma boa leitura!
text by Jorge Capel xxx
Esse livrinho me fez perder muitas noites de sono. Não é uma reclamação, muito pelo contrário, eu simplesmente não consegui parar de ler. Gostei muito do Verne, apesar de ter me surpreendido em termos de estrutura de narração, como ele faz as coisas se entrelaçarem e se desenrolarem em seguida, e me impressionou também a precisão de seus comentários científicos. Sempre houve um certo preconceito literário em relação a ele pelos comentários polítcos feitos em seus livros, como por ex. em ''20 mil léguas submarinas'', onde ele insulta a marinha inglesa várias vezes por meio do personagem do Captain Nemo (insultos esses ignorados em várias traduções feitas pelo mundo, o que fez o cenário intelectual negar a legitimidade de várias de suas obras). A maior surpresa quanto ao enredo, no meu ponto de vista, é a o tempo que os personagens demoram para atingir o centro da terra. Eu assisti uma adapção feita em 2008 com Brendan Fraser e esperava uma descrição mais completa dos cenários do centro do globo, quando na verdade ele descreve a viagem ''mesmo''. Digo a viagem ''mesmo'' porque a estória narrada por Verne é basicamente o caminho árduo e traiçoeiro de Hamburgo até o interior da Islândia, e depois do monte Sneffels até o centro da terra. Os cenários consagrados pelo filme ''Journey to the Center of the Earth'' de Henry Levin (1959) como a floresta de cogumelos, o oceano debaixo da terra e as criaturas pré-históricas constituem uma parte ínfima do enredo, no entanto, Verne diverte com classe todos os tipos de curiosos com informações sobre pressão atmosférica e fenômenos acústicos cientificamente corretas.
Pesquisando mais sobre o assunto vim a descobrir que Verne nada mais fez que passar para a estrutura narrativa teorias científicas malucas populares por algum tempo sobre a Terra oca. Isso mesmo, alguns cientistas acreditaram e tentaram todo o tipo de experimento maluco para provar que o planeta terra era na verdade oco. Os dois intelectuais mais conhecidos (e mais malucos também hehe) que acreditavam nessa hipótese foram Edmund Halley (o do cometa) e Leonhard Euler. Apesar de acreditarem na mesma teoria, pensavam de forma diferente. Halley acreditava que a terra era composta de vários núcleos internos, como bonecas russas, e que, assim como Deus povoou a última superfície ele teria também povoado os núcleos internos. Euler por sua vez acreditava que a terra era completamente oca, contando com um núcleo único central, e que para se chegar no interior da terra bastava procurar as entradas dos pólos (isso mesmo, pólos abertos):
Meio (muito) doido mas é uma boa leitura!
text by Jorge Capel xxx
Assinar:
Postagens (Atom)